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Em meio as adversidades conhecemos mais ao Senhor!

  • Vera Jones
  • 27 de jun. de 2015
  • 8 min de leitura

tempestade 11.jpg

Quando temos a oportunidade de estar vivendo em outra realidade, podemos fazer comparações, avaliar as circunstâncias e perceber como Deus deu ao ser humano a capacidade de conviver e superar as adversidades da vida.

Há dois meses nos mudamos para Belo Horizonte, uma ida movida por uma necessidade de trabalho e de repente tivemos que deixar, apartamento grande e confortável, nossa cama e travesseiro, nosso hábito alimentar, nossa rotina diária, pessoas da nossa convivência, os cultos na igreja que frequentamos e que nos fornece o alimento para nossa alma e espírito, para viver uma nova realidade e rotina de vida e tentar nos adaptar a ela.

E vieram novos desafios!! Entender um povo que só conhecíamos quando em viagem de turismo, entender sua forma de pensar e agir, seus valores e costumes e diante das adversidades que toda mudança traz a nossa vida, viver de uma forma sábia, procurando sempre manifestar o amor de Cristo, a tolerância, a paciência.....

Ou seja, o dia da aula prática chegou!!

Recentemente estivemos na Amazonia e por ser um lugar bastante peculiar, não só pela sua situação geográfica, onde o clima é muito quente e úmido devido a sua proximidade com a linha do Equador e a floresta que ainda sobrevive, com 6 meses de intensa chuva onde os rios transbordam e invadem as casas dos habitantes que vivem às suas margens, e mais 6 meses onde grande parte da área de floresta inundada se transforma em verdadeiras estradas devido a vazão dos rios......

Aí, nesse lugar, podemos constatar que as adversidades são maiores ainda!!

Porém toda essa desacomodação traz uma grande riqueza para a nossa vida!! A primeira é o desprendimento das coisas materiais, é o entendimento de que essa vida aqui na terra é efêmera e passageira e que o que ganhamos com essas novas experiências não encontramos em livros ou enciclopédias mas somente vivenciando novos desafios.

Quando o povo de Deus estava sob a escravidão no Egito, eles foram usados para edificar verdadeiras cidades que eram consideradas pelos egípcios seus tesouros; talvez esse povo (os hebreus) sentisse até um pouco de inveja e desejasse, também, aquelas cidades, porém o Senhor queria liberta-los para lhe oferecer um tesouro imensamente maior através da caminhada pelo deserto guiados pelo Seu servo Moisés.

E através de Moisés veio a Sua lei, para depois vir a Sua graça através da vida de Seu Filho amado Jesus Cristo! Um plano perfeito!!

Os egípcios estavam interessados nos tesouros materiais!

Ex 1.11 - E os egípcios puseram sobre eles (os hebreus) maiorais de tributos, para os afligirem com suas cargas. E edificaram a Faraó cidades de tesouros, Pitom e Ramessés.

Através de Moisés veio a lei dada por Deus, para coduzir o povo a tesouros espirituais!

Ex 24:12 - Então disse o Senhor a Moisés: Sobe a mim ao monte, e fica lá; e dar-te-ei as tábuas de pedra e a lei, e os mandamentos que tenho escrito, para os ensinar.

Através de Jesus Cristo veio a graça para podermos cumprir a lei e alcançar os tesouros do Senhor!

Rm 3:24 - sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,

Rm 5.18 - Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida.

E porque veio a lei?

Imagine um povo ou uma sociedade sem lei. A vida se tornaria um verdadeiro caos. A lei veio para estabelecer limites nas relações, para ditar normas de convivência e respeito e veio, principalmente, pelo fato de que como seres humanos desprovidos da graça de Deus, somos capazes de cometer qualquer barbaridade. A Bíblia diz que só não nos tornamos bandidos e malfeitores porque a misericórdia de Deus está sobre nós. A educação que recebemos dos nossos pais e o privilégio de ter nascido em uma família de bons costumes e princípios não nos blinda totalmente. Somente a misericórdia de Deus é capaz de nos proteger e de nos livrar de cometer atos que achamos que só os malfeitores cometem.

A Bíblia diz que a lei nos leva a Cristo.

Quando ela diz que não devemos matar, não devemos furtar, não devemos cobiçar...., ela está estabelecendo parâmetros de conduta conforme o caráter de Cristo – pois Ele não pratica essas ações!!

E porque veio a graça?

A nossa natureza humana não é capaz de cumprir a lei por si só, pois ela é débil e fraca. Mesmo estando sempre com o freio de mão puxado, de repente, podemos resvalar os pés, escorregar e cair! A graça que veio através da redenção de Jesus Cristo, Sua morte de cruz e Sua ressurreição é que nos dá a força para resistir ao mal, as tentações e os caminhos indevidos.

Jesus foi redimido porque se fez pecado por nós, não porque era pecador, e depois ressuscitou com o propósito de morar em nós, no nosso interior, nos dando essa força que a nossa natureza não tem para resistir ao pecado e as tentações. Por isso a necessidade urgente de estabelecer essa intimidade com Jesus a ponto Dele desejar estar conosco, no nosso ser, nos livrando do perigo e nos impedindo de cair a todo instante.

Essa força que recebemos se chama GRAÇA. Mas só vem através de Jesus Cristo!

Nas situações adversas podemos experimentar essa graça, experimentar coisas que sabemos que pela lógica humana não aconteceria – é o que chamamos de milagre!

No Livro de Atos capítulo 27 o Espírito Santo, através do apóstolo Paulo, nos ensina a atitude correta diante de uma situação adversa. Não precisamos falar da comunhão que Paulo tinha com o Senhor nessa etapa da sua vida e foi isso que lhe deu a graça para enfrentar aquele momento de dificuldade que passou juntamente com todos que estavam naquele navio (centurião, soldados e prisioneiros).

Vejamos alguns trechos, porém é recomendada a leitura do capítulo 27 na íntegra.

Paulo estava preso, sendo levado para Roma para ser julgado juntamente com outros prisioneiros, sob a responsabilidade do centurião chamado Júlio. Quando chagaram a Mirra na Lícia encontraram um navio de Alexandria que estava partindo para a Itália e ali embarcaram. A partir daí navegaram com dificuldade e vagarosamente durante muitos dias devido ao vento contrário na região e conseguiram chegar a um lugar chamado “Bons Portos”.

Paulo percebeu que a viagem estava muito perigosa e fez a admoestação abaixo:

At 27.10 Senhores, vejo que a viagem vai ser trabalhosa, com dano e muito prejuízo, não só da carga e do navio, mas também da nossa vida.

At 27.11 Mas o centurião dava mais crédito ao piloto e ao mestre do navio do que ao que Paulo dizia.

At 27.12 Não sendo o porto próprio para invernar, a maioria deles era de opinião que partissem dali, para ver se podiam chegar a Fenice e aí passar o inverno, visto ser um porto de Creta, o qual olhava para o nordeste e para o sudeste.

At 27.13 Soprando brandamente o vento sul, e pensando eles ter alcançado o que desejavam, levantaram âncora e foram costeando mais de perto a ilha de Creta.

Tudo parecia estar dentro do controle daqueles que comandavam aquele navio, porém de repente, sem esperar, chegou a adversidade.....

E Paulo relata o ocorrido!

At 27.14 Entretanto, não muito depois, desencadeou-se, do lado da ilha, um tufão de vento, chamado Euroaquilão;

At 27.15 e, sendo o navio arrastado com violência, sem poder resistir ao vento, cessamos a manobra e nos fomos deixando levar.

At 27.16 Passando sob a proteção de uma ilhota chamada Cauda, a custo conseguimos recolher o bote;

At 27.17 e, levantando este, usaram de todos os meios para cingir o navio, e, temendo que dessem na Sirte, arriaram os aparelhos, e foram ao léu.

At 27.18 Açoitados severamente pela tormenta, no dia seguinte, já aliviavam o navio.

At 27.19 E, ao terceiro dia, nós mesmos, com as próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio.

É interessante observar as atitudes tomadas.

No verso 15 é dito que eles deixaram de manobrar o navio e se deixaram levar. Depois passaram sob a proteção de uma ilhota e conseguiram recolher o bote. Em seguida começaram a descarregar o navio para que ficasse mais leve, porém a tormenta continuava severa e o navio estava se desfazendo

.

É assim que deve acontecer em nossa vida. Temos que deixar de fazer nossas manobras, nos deixar levar por essa pessoa maravilhosa e perfeita que é o nosso amado Senhor Jesus Cristo, e lançar nossas cargas sobre a cruz para ficarmos mais leves.

A sorte daquela tripulação e passageiros foi a presença de Paulo no barco. Seu relacionamento com Deus permitiu a visitação de um anjo. Veja abaixo:

At 27.20 E, não aparecendo, havia já alguns dias, nem sol nem estrelas, caindo sobre nós grande tempestade, dissipou-se, afinal, toda a esperança de salvamento.

At 27.21 Havendo todos estado muito tempo sem comer, Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: Senhores, na verdade, era preciso terem-me atendido e não partir de Creta, para evitar este dano e perda.

At 27.22 Mas, já agora, vos aconselho bom ânimo, porque nenhuma vida se perderá de entre vós, mas somente o navio.

At 27.23 Porque, esta mesma noite, um anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo,

At 27.24 dizendo: Paulo, não temas! É preciso que compareças perante César, e eis que Deus, por sua graça, te deu todos quantos navegam contigo.

At 27.25 Portanto, senhores, tende bom ânimo! Pois eu confio em Deus que sucederá do modo por que me foi dito.

A confiança em Deus nesses momentos de adversidades é fundamental e vital:

At 27.33 Enquanto amanhecia, Paulo rogava a todos que se alimentassem, dizendo: Hoje, é o décimo quarto dia em que, esperando, estais sem comer, nada tendo provado.

At 27.34 Eu vos rogo que comais alguma coisa; porque disto depende a vossa segurança; pois nenhum de vós perderá nem mesmo um fio de cabelo.

At 27.35 Tendo dito isto, tomando um pão, deu graças a Deus na presença de todos e, depois de o partir, começou a comer.

At 27.36 Todos cobraram ânimo e se puseram também a comer.

At 27.37 Estávamos no navio duzentas e setenta e seis pessoas ao todo.

At 27.38 Refeitos com a comida, aliviaram o navio, lançando o trigo ao mar.

At 27.39 Quando amanheceu, não reconheceram a terra, mas avistaram uma enseada, onde havia praia; então, consultaram entre si se não podiam encalhar ali o navio.

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Eram duzentas e sessenta e seis pessoas a bordo, que foram salvas devido a presença de Paulo no barco – um homem que buscou uma relação íntima com o Senhor!

27.39 Quando amanheceu, não reconheceram a terra, mas avistaram uma enseada, onde havia praia; então, consultaram entre si se não podiam encalhar ali o navio.

27.40 Levantando as âncoras, deixaram-no ir ao mar, largando também as amarras do leme; e, alçando a vela de proa ao vento, dirigiram-se para a praia.

27.41 Dando, porém, num lugar onde duas correntes se encontravam, encalharam ali o navio; a proa encravou-se e ficou imóvel, mas a popa se abria pela violência do mar.

27.42 O parecer dos soldados era que matassem os presos, para que nenhum deles, nadando, fugisse;

27.43 mas o centurião, querendo salvar a Paulo, impediu-os de o fazer; e ordenou que os que soubessem nadar fossem os primeiros a lançar-se ao mar e alcançar a terra.

27.44 Quanto aos demais, que se salvassem, uns, em tábuas, e outros, em destroços do navio. E foi assim que todos se salvaram em terra.

Voce já parou para pensar que as adversidades que está passando pode estar trazendo libertação e salvação para aqueles que voce ama? É importante observar que Paulo não estava indo para nenhum lugar prazeroso; ele estava indo para ser julgado em Roma por César e em direção a sua própria morte!

Muitas vezes é difícil entender a mente de Deus; nesses momentos temos que nos apegar ao Seu caráter perfeito e que Ele nunca comete engano nas Suas ações. O que acontece é que, muitas vezes, não conseguimos enxergar como Ele enxerga.

Só nos resta confiar nesse Deus fiel, perfeito e maravilhoso que nunca nos abandona em nosso Getsêmani! Ai poderemos receber visitas de anjos, ser tocados pela Sua mão, ouvir a Sua voz e viver grandes experiências nas situações adversas da vida!

Que o Senhor lhe abençoe nos desafios propostos por Ele!

 
 
 
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