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Destaques

A entrega total e a ressurreição.


Hoje vamos meditar um pouco sobre a “Entrega”. Sabemos que entregar algo não é coisa fácil, mas todas as vezes que agimos assim, crescemos um pouco mais.

Voltando um pouco à gramática sabemos que o verbo “entregar” pertence à primeira conjugação, é um verbo bi-transitivo pois quem entrega, entrega alguma coisa a alguém; como significado podemos dizer que “entregar” é “confiar, dar, passar às mãos de alguém, devolver, render-se, submeter-se.

Como antônimo do verbo “entregar” temos os verbos “receber, adquirir, resistir”.

Sabemos, também, que podemos conjugar qualquer verbo em pelo menos 3 tempos: presente, passado e futuro. E não é diferente com o verbo “entregar”. Podemos dizer “eu entrego – um tempo presente; eu estou entregando – um presente contínuo; eu entreguei – tempo passado; eu entregarei – tempo futuro.

Tanto na nossa caminhada natural como na nossa vida cristã estamos inseridos em algum “Tempo” desse verbo. Passado, presente ou futuro. E você, em que tempo está???

Vamos, agora, ler a passagem (Lc 23:46).

“E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou”.

Entregar algo é tão difícil para nós, como foi para Jesus. Vemos que Jesus fez a entrega do Seu Espírito com um clamor em grande voz, sentindo uma dor muito grande por ter que se separar do Pai pois naquele momento ele desceria até o lugar mais baixo da terra. Vemos, também, nessa passagem que esse ato de entregar fez com que Jesus expirasse, ou seja, morresse. Então podemos fazer uma co-relação entre a entrega e a morte. Recebemos a vida do Pai e agora ELE deseja que a entreguemos de volta em um ato de rendição e submissão, a fim de que possamos experimentar uma nova etapa na nossa caminhada – a ressurreição.

COMO ESTÁ A SUA VISÃO DA CRUZ?

Muitos olham para a cruz e veem a Jesus ainda cravado nela, morto. Outros olham para a cruz e ampliam a sua visão, depois que a vê vazia. Essas pessoas que veem a cruz vazia fazem uma outra leitura e podem perguntar: “Onde está Jesus?” Ele não está mais na cruz, Ele ressurgiu, Ele experimentou a ressurreição pela fato da Sua entrega ser total, ser plena. E nós, em que tempo estamos conjugando esse verbo “entregar”? Passado, presente ou futuro? Nós podemos nos perguntar: -Eu já entreguei minha vida a Jesus, ou estou entregando a cada dia ou eu estou na intenção de entrega-la em um tempo futuro?

Em (Hb 12:2) lemos que Jesus suportou a cruz porque enxergava o gozo que lhe estava proposto. Jesus sabia, exatamente, o propósito do Pai para a Sua vida e perseguiu essa meta com determinação e afinco, saltando todos os obstáculos que apareciam. O Pai, vendo tanta determinação e se alegrando tanto nessa entrega, lhe deu a visão do que viria após a sua morte de cruz. Essa éa chave: visualizar a meta proposta e correr para alcanca-la. Jesus só precisou de 3 anos e meio para cumprir o propósito do Pai e entrar no gozo do Senhor.

E nós, temos de uma forma clara o propósito de Deus para a nossa vida, a fim de que caminhemos perseguindo a meta que o Senhor nos revelou? Se não temos essa visão estamos rodeando o monte sem sair do lugar – e isso é morte sem receber a ressurreição. É vital, portanto, para a nossa vida cristã ter essa revelação. Isso não significa que não morreremos, mas significa que teremos que ir em direção a cruz, fazer a nossa carne expirar e alcançar o melhor de Deus.

Tendo essa visão iremos em direção ao calvário bradando com grande voz e dizendo ao Pai: “Pai, nas Tuas mãos entrego o meu espírito, nas Tuas mãos em me rendo, me submeto a Tua perfeita vontade. Eu estou disposto a Lhe entregar a vida que recebi de Ti para que Tu faças o que quiseres; ninguém me obriga a dar a minha vida, mas eu a dou de livre espontânea vontade como fez Jesus. Não seria lindo alcançarmos esse nível de consciência? Porém para isso temos que ter essa clareza que Jesus teve: qual o propósito do Pai para a minha vida nessa terra.

Precisamos entender também que, o processo de entrega tem duas vias.

A medida que nos entregamos , vamos também recebendo algo da outra parte. Quando nos entregamos a alguém na relação conjugal, por exemplo, lemos em Gênesis 2:24 que os dois passam a ser uma só carne. Começa a haver uma fusão de pensamentos, de desejos, de metas. Isso acontece em qualquer esfera: no trabalho, no amor fraternal, na vida a dois e também na nossa relação com o Senhor. Somente dessa forma, nos entregando a cada dia, é que podemos derramar vida sobre outros, operar milagres, expulsar demônios, curar enfermos, ressuscitar mortos, como fez Jesus. A Sua entrega foi total, foi plena e por isso Ele recebeu uma ressurreição também plena.

O templo físico tem sua importância pois é um lugar onde podemos nos reunir, experimentar o mover do Espírito, mas se não há uma entrega maior das nossas vidas não encheremos o templo.

Quando olhamos para a igreja primitiva vemos que a entrega maior era de poucos e não de todos que habitavam a terra naquela época. E mesmo entre os apóstolos os níveis de entrega eram diferenciados. Por outro lado, Jesus andava pelas ruas derramando vida, derramando ressurreição, derramando cura.

E isso acontecia porque Ele vivia em um suntuoso templo físico?

Não, isso acontecia pela sua entrega ao Pai, em fazer a Sua perfeita vontade a cada dia, em uma unidade plena de sentimentos e pensamentos.... Só dessa forma conseguiremos encher esse templo.

Se analisarmos nossa vida e nosso coração saberemos o que ainda precisamos entregar ao Senhor para experimentar uma maior ressurreição e derramar mais da vida do Seu Filho Jesus Cristo. Mesmo que não tenhamos a força suficiente para isso e não teremos através da nossa carne, devemos pedir a graça divina para poder nos mover nesse ato de entrega.

Precisamos ter uma visão correta da cruz, algo que tanto nos assusta.

A cruz tem um objetivo e precisamoos entender esse objetivo: tratar a nossa carne para nos levar a uma visão mais clara do nosso chamamento.

A cruz nos leva a um lugar de abundância como lemos em (Sl 66:12). Vamos lá...

Fizeste com que os homens cavalgassem sobre as nossas cabeças; passamos pelo fogo e pela água; mas nos trouxeste a um lugar espaçoso.

OBS: Antes de chegar a esse lugar espaçoso, os homens cavalgaram sobre as suas cabeças.

Outro ponto importante para meditarmos é: o quanto confiamos no Senhor para devolver para Ele a vida que recebemos? Porque só entregaremos nossas vidas ou algo que possuimos se tivermos confiança naquele que vai receber.

No (Sl 31: 1,5) lemos:

Em ti, Senhor, confio; nunca me deixes confundido. Livra-me pela tua justiça.

Nas tuas mãos encomendo o meu espírito; tu me redimiste, SENHOR Deus da verdade.

O salmista diz aqui que ele entregou o seu espírito porque o Senhor o redimiu, o esvaziou daquilo que ele era.

Jesus foi redimido, se rendeu ao Pai pois sabemos que Ele tinha uma vontade, confiou, foi salvo do inferno e se tornou um instrumento de salvação para a humanidade. É isso que o Senhor quer fazer comigo e com voces. Nos converter em um instrumento de salvação.

Confiemos!!!

Outro ponto importante para meditarmos:

Toda entrega traz um resultado vivo e real. Muitas vezes não enxergamos esse resultado por sermos religiosos e termos uma visão limitada. Jesus quando entregou o Seu espirito Ele bradou com grande voz; não foi um momento fácil por isso Ele bradou com grande voz. Porém, nesse momento o véu do santuário se rasgou de alto a baixo abrindo um novo caminho a todos que desejem segui-lo.

Todo momento de rendição nosso, também é um momento de dor e sofrimento, pois estamos deixando de fazer a nossa vontade e fazendo a vontade do Senhor. Mas não tenham dúvidas que a sua entrega está rasgando o véu que encobre a visão de muitos, a fim de que eles possam enxergar com mais nitidez o que Deus quer fazer das suas vidas.

Em um determinado ano, eu recebi de presente do “Dia das Mães” de um dos meus filhos um livro que o título é “Mães Intercessoras”. Porque será que ele me deu esse livro; o que moveu a ele para manifestar esse gesto? Precisamos deixar de ser religiosos pois acabamos julgando a outros conforme a nossa visão limitada e deixando de acreditar que a nossa entrega poderá rasgar esse véu que encobre a visão de muitos.

Voce quer saber qual o plano de Deus para voce? Além de orar, clamar em grande voz como fez Jesus, observe o que faz com que o seu coração queime dentro da caminhada cristã.

Voce sente uma carga pelos órfãos?

Voce sente uma carga pelas ovelhas perdidas?

Voce sente uma carga pelas empresas para que andem dentro de uma visão cristã?

Voce se aflige pelos enfermos?

Voce sente uma carga ministerial em sua vida?

Fique atento aquilo que está queimando o seu espírito, ore pedindo a direção do Espirito Santo, submeta esse fogo a sua cobertura e se entregue plenamente a esse fogo do Espírito.

Lembre: a entrega total nos leva a plenitude da ressurreição.

Eu deixo aqui dois questionamentos para voces meditarem:

1-Que tipo de paixão (divina) Deus colocou em seu coração?

2-O que voce está fazendo para perseguir essa paixão?

Sem dúvida, para nos entregar diariamente ao Pai precisamos receber a Sua graça. Por isso vamos clamar, vamos bradar agora por essa graça que precisamos receber diariamente para fazer a vontade de Deus na nossa vida e suplicar ao Senhor: “Graça oh Deus, para entregar-te o meu ser.....”

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