A importância da comunicação interpessoal.
- Vera Jones
- 9 de ago. de 2018
- 6 min de leitura

Meditem nessa história. Quem nunca viveu uma experiência semelhante?
Em março de 1990 caiu uma tremenda tormenta de neve na cidade de "Des Moines", no estado de Lowa, USA. O jornal "Des Moines Register" afirmou como uma família tinha lidado com essa tormenta. Os pais e filhos adolescentes se encontraram confinados em sua própria casa, aquecendo-se com o fogo da chaminé porque não tinha eletricidade; estavam também sem comunicação externa porque o telefone não funcionava. Não tinham outra opção para que o tempo passasse mais rápido, então só restava a eles conversarem uns com os outros até que algum socorro chegasse.
Assim sucedeu e com certeza nesse momento criado por Deus, puderam se conhecer mais... Talvez externar mágoas e ressentimentos; talvez relembrar momentos preciosos vividos juntos; ou podem ter recebido, também, uma luz divina clareando o seu entendimento para o poder e soberania de Deus sobre todas as coisas.
Apesar da situação externa ser caótica, a mãe dava graças a Deus pela tormenta que estava lá fora, pois ali dentro algo precioso estava acontecendo naquelas vidas. Eles estavam conversando; eles estavam se comunicando; eles estavam se expondo um ao outro.... Podemos imaginar que muitas coisas estavam acontecendo naqueles corações. Talvez momentos de perdão, de desabafos, de manifestação de amor, de gratidão...

Naquele momento Cristo estava sendo vitorioso e satanás estava sendo derrotado!!!
A nossa relação como seres humanos pode ser debilitada e enfraquecida devido a falta de comunicação e o Senhor quer chamar a atenção para a importância que devemos dar a essa questão. Imaginem se deixarmos de nos comunicar com o Senhor diariamente. Podemos perder esse hábito, além de perder as bênçãos que Ele tem para nós a cada dia. A deterioração da comunicação entre as pessoas se dá devido a uma série de elementos que podemos resumir, dentre outros, em indiferença, egoísmo e orgulho. A indiferença se manifesta pela falta de atenção que devemos dar ao nosso próximo; o egoísmo se manifesta por um amor exclusivo próprio; o orgulho se manifesta quando temos um conceito elevado de nós mesmos, quando vem uma convicção de que podemos viver sozinhos nessa vida.

Se, esses três elementos contribuem para uma má comunicação interpessoal, as atitudes opostas irão favorecer para que possamos desenvolver relações saudáveis como irmãos e seres humanos. E é disso que o mundo está precisando hoje. Mais do que nunca!!!
Para desenvolvermos uma boa comunicação interpessoal, é fundamental saber ouvir e se colocar no lugar do outro. Nada acontece na nossa vida sem a ajuda divina e uma determinação no nosso coração. Portanto, devemos desenvolver a comunicação interpessoal com atenção, com amor e com humildade.
Uma atitude de atenção significa estarmos com o espírito atento aquilo que o outro está falando. Temos que desenvolver a concentração no momento da comunicação pois a nossa mente tem a capacidade de alçar vôo muito facilmente. Isso se aplica também quando estamos estudando, quando estamos ouvindo uma pregação, quando estamos assistindo a um filme...
O amor, que pode ser definido na sua forma mais plena como "negar-se a si mesmo" se deleitando no prazer e bem estar do próximo como fez Jesus se entregando por nós para trazer-nos a salvação.
A humildade, quando reconhecemos a nossa fraqueza e a necessidade que temos na comunhão e companheirismo com o nosso irmão. A humildade sempre nos leva a certeza de que necessitamos uns dos outros e que nesta vida não poderemos viver sozinhos.

O Senhor busca uma comunicação interpessoal com Seus filhos através da nossa atenção, do nosso amor e da nossa humildade. Esses três ingredientes nos ajudarão a desenvolver essa intimidade que tanto necessitamos a fim de que possamos conhecer os Seus mistérios e o plano que Ele tem para a nossa vida. Abraão tinha uma relação pessoal tão íntima com Deus, que Deus correspondia e ele foi chamado "Amigo de Deus". Nós também podemos desenvolver essa relação e receber esse título.
(Em Is 1;14) o Senhor desabafa: "As vossas luas novas, e as vossas solenidades, a minha alma as odeia; já me são pesadas; já estou cansado de as sofrer".
O Senhor busca pessoas que desejem estar com Ele de uma forma prazerosa, com seus espíritos concentrados e entregues em humildade. O Senhor está cansado de rituais, Ele sofre com nossas orações formais, com nossas solenidades. Assim como em uma relação matrimonial temos comportamento autêntico, sem formalidade ou fingimento, assim também Cristo deseja esse tipo de relação entre Ele e a Sua igreja. Devemos, porém, ressaltar que em qualquer relação, seja natural ou espiritual, o respeito mútuo é fundamental.

-Qual o mistério de uma relação conjugal?
-Amar o cônjuge de uma forma incondicional.
Existe um mistério envolvido em uma relação conjugal, assim como existe um mistério envolvido no relacionamento entre Cristo e Sua igreja - "Amar incondicionalmente". Amar incondicionalmente significa esquecer de nós mesmos e fazer tudo para que o outro esteja bem, seja feliz, cresça espiritualmente, vá em direção a Cristo. Por algum momento pode, até, parecer injusto pois estaremos sempre nos negando até naquilo que temos direito, porém quando começamos a praticar veremos como Deus derrama da Sua graça, da Sua força e começamos a sentir o sabor da vitória. E a melhor vitória é vê a família bem estruturada, com bases sólidas, em harmonia e se dirigindo cada vez mais a Cristo.
A relação de amor que o Senhor recomenda aos cônjuges naturalmente falando, é recomendada também que vivamos no nível espiritual com Cristo. Ele é o nosso marido celestial e nós, a igreja, a Sua esposa. Vejam a ordem que Ele dá aos maridos e mulheres em (Ef 5: 22-28) para viverem uma vida conjugal sadia e trazer frutos para os seus filhos.
Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor;
Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.
De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos.
Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,
Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.
Observem que a tarefa não é fácil para nenhum dos lados: nem para a mulher nem para o homem. E não é fácil devido a nossa natureza adâmica - natureza de pecado. Porém, se considerarmos que é o Criador de todas as coisas quem faz essa recomendação, o Onipotente e Todo Poderoso do Universo, se buscarmos a Ele, receberemos as ferramentas próprias para alcançar essa meta e glorificaremos ao Pai por esse sacrifício. Foi assim que Jesus agiu perante o Pai. O sacrifício foi grande entregando a Sua vida para nos trazer a salvação, porém Ele foi submisso ao plano do Pai para a Sua vida e recebeu o galardão celestial: "Estar sentado a direita do Pai nas regiões celestiais.

A nossa meta deve ser alcançar as regiões celestiais pois tudo aqui na terra é temporal.
Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido (Ef 5:33).
Na relação interpessoal temos que considerar a relação matrimonial entre cônjuges, a nossa relação espiritual com Cristo e também a nossa relação com o irmão e com o nosso próximo. Veja o que a Bíblia recomenda em (Ef 5:15-21).
Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, Remindo o tempo; porquanto os dias são maus. Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito; Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração; Dando sempre graças por tudo ao nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo; Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.

Vamos andar com prudência e não como néscios nos atritando frequentemente. Essa nossa passagem na terra é efêmera; aqui tem muita neblina, o ambiente muitas vezes é inóspito e precisamos sempre um do outro na nossa caminhada.
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